Cidades

Damares propõe parceria com Instagram e Facebook para coibir pedofilia

A ministra quer manter parceria com as redes sociais para pensar ferramentas de controle que poderão coibir casos de pedofilia e de pornografia infantil, como os registrados recentemente no DF

Correio Braziliense
postado em 24/07/2020 21:51
A ministra esteve na 12ª DP na tarde desta sexta-feira (24/7)A ministra Damares Alves, titular do Ministério de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, afirma que vai realizar uma reunião com representantes das redes sociais, como Instagram e Facebook, para discutir maneiras de coibir o crime de pedofilia e pornografia infantil nas plataformas. O anúncio ocorreu na tarde desta sexta-feira (24/7), em uma coletiva sobre o caso do pedófilo do Maranhão que abusou sexualmente de 60 meninos do Distrito Federal. 

De acordo com a ministra, a principal forma de evitar a ocorrência do delito é conscientizando as famílias sobre a vistoria das redes sociais dos filhos. Contudo, destaca que “não temos como fazer nada se não chamarmos as redes sociais, os aplicativos, para uma conversa e parceria”.

Para isso, Damares pretende realizar uma reunião com os representantes e, desse modo, cobrar formas de mudança dentro das plataformas. “Eles terão de vir conosco, lançando mais filtros e trazendo ferramentas de controle. Terão de aprimorar, pois são imprescindíveis nessa luta (contra a pedofilia e pornografia infantil)”, analisa. 
 
 

Posicionamento oficial

O Correio entrou em contato com o Instagram e Facebook. Em nota oficial, explicaram que não toleram “esse tipo de comportamento ou o compartilhamento de conteúdo que traga exploração sexual infantil”, e que auxiliam nas investigações da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). 

“À medida que a plataforma cresce, também aumenta o investimento em pessoas e tecnologia para ajudar a detectar e remover conteúdo nocivo das nossas plataformas. Nós usamos tecnologia sofisticada e vários sinais, não apenas para detectar e remover imagens de exploração infantil, mas também para detectar e impedir aliciamento ou interações potencialmente inapropriadas entre um menor e um adulto”, informa o texto. 

Ainda, as plataformas exemplificam o uso da tecnologia PhotoDNA nas publicações realizadas nas redes sociais. “Quando encontramos imagens de crianças exploradas em qualquer uma de nossas plataformas, geramos um ‘hash’, o equivalente à uma impressão digital, que nos permite fazer a comparação com outros conteúdos compartilhados dentro das nossas plataformas e, quando coincidir, removê-los rapidamente”, explica a nota.

Por fim, o Instagram e o Facebook pontuam que todos os conteúdos de exploração sexual infantil nas plataformas, em qualquer lugar do mundo, são enviados para o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (National Center for Missing and Exploited Children — NCMEC) e para autoridades de todo o mundo, incluindo a Polícia Federal no Brasil.

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