Correio Braziliense
postado em 24/07/2020 21:05
Três dos suspeitos de armazenar pornografia infantil foram liberados após pagarem fiança de R$ 4 mil. Os homens foram alvos da segunda fase da Operação Infância Violada, realizada pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), que culminou na prisão de seis acusados. Entre os detidos estão um militar do Exército Brasileiro e um servidor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ação ocorreu na manhã desta sexta-feira (24/7).De acordo com apuração do Correio, os alvos têm 61, 57, 50, 38, 35 e 30 anos. As prisões em flagrante ocorreram durante cumprimento de mandados de busca e apreensão em nove endereços na Asa Norte, na Vila Planalto, em Águas Claras, em Samambaia, no Gama e em Santa Maria.
Os suspeitos foram encaminhados à 3ª DP e prestaram depoimento sobre o caso. Posteriormente, três tiveram fiança arbitrada e conseguiram ser liberados. Entre eles está o servidor do Conselho Nacional de Justiça. Eles responderão no âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente por armazenamento de pornografia infanto juvenil, cuja pena varia de 1 a 4 anos de reclusão.
Um morador da Vila Planalto também foi liberado, pois foi preso por posse ilegal de arma de fogo. Durante as buscas, peritos não conseguiram comprovar que o suspeito baixava, armazenava ou compartilhava conteúdos de cunho sexual envolvendo crianças.
Dois dos homens seguem presos, incluindo o militar do Exército. Por serem acusados de armazenar e enviar vídeos e fotos de pornografia infantil, só poderão ser liberados por meio de decisão judicial. A dupla foi levada à carceragem da Polícia Civil e passará por audiência de custódia. Como respondem por dois crimes, podem pegar até 10 anos de prisão.
Posicionamento
A reportagem entrou em contato com o Conselho Nacional de Justiça e com o Exército Brasileiro, solicitando os posicionamentos. Pela manhã, alegaram que iriam verificar as informações e que passariam uma resposta. Contudo, até a mais recente atualização desta matéria, não houve retorno.
Pela manhã, o CNJ informou que “desconhece os fatos". "Tão logo informado pelas autoridades competentes, o CNJ irá tomar as medidas funcionais cabíveis.” Já o Exército alegou que “encontra-se em contato com os órgãos encarregados a fim de obter respostas às informações solicitadas.”
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