Cidades

Eixo capital

Correio Braziliense
postado em 26/07/2020 04:11


Gesto de paz
O presidente Jair Bolsonaro fez, ontem, um gesto para deixar claro que a relação com a deputada Bia Kicis (PSL-DF) vai muito bem, obrigada. Depois de testar negativo para covid-19, ele pegou sua moto, fez um passeio e foi à casa de Bia para uma visita. Foi um gesto forte. Ele poderia tê-la recebido no Palácio da Alvorada, mas preferiu algo mais pessoal. A semana que passou foi de muitas especulações sobre os motivos que levaram a deputada a deixar a vice-liderança do governo na Câmara dos Deputados, depois de votar contra a PEC do Fundeb. O PSL ameaça expulsá-la, mas Bia tem outros convites e não ficará largada por Bolsonaro. “Isso ( a visita) mostra que a gente segue juntos e que politicamente, às vezes, a gente precisa tomar uma atitude, contrariar um ao outro, mas que isso não abala em nada a nossa amizade e a nossa aliança. Fiquei muito feliz”, disse Bia à coluna.



Política mais sem graça 
O Palhaço Pirulito, que morreu na semana passada, fez história em campanhas eleitorais do DF. Era muito ligado aos ex-governadores José Roberto Arruda e Rodrigo Rollemberg. Dava um pouco mais de graça à política.


Compra fake
Muitos brasilienses caíram no golpe do leilão fake do Detran. Sites falsos têm ludibriado quem quer comprar um carro a preço baixo. Já houve 52 mil vítimas no Brasil. O golpe simula um leilão do Detran e envolve consumidores com anúncios de automóveis com preços abaixo do mercado. Eles são convencidos a realizar o depósito do lance para garantir o negócio. Mas o carro  nunca aparece.



Com cuidados 
O vice-presidente da Câmara Legislativa, Rodrigo Delmasso (Republicanos), testou positivo para o novo coronavírus. É mais um caso entre os políticos de Brasília. Asmático, ele integra o grupo de risco e está em casa, assintomático. A família do distrital está livre do vírus.



Só papos



“Sobre contas de conservadores sendo banidas: a liberdade de expressão é direito fundamental garantido em nossa Constituição e deve ser válida para todos”
Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)




“A democracia tem lugar para conservadores, para liberais e para progressistas. Tem lugar para todo mundo. Só não tem lugar para a intolerância, para a violência e para a tentativa de destruição das instituições”
Ministro Roberto Barroso, do STF


Enquanto isso...
Na sala de Justiça 
O conselheiro Paulo Tadeu, do Tribunal de Contas do DF, defende a criação de uma força-tarefa para acompanhar com rigor os gastos na área de saúde para combater a pandemia da covid-19. Tema de uma representação do Ministério Público de Contas do DF.


Mandou bem 
Um duo de violoncelo da Orquestra Sinfônia do Teatro Nacional celebrou, na tarde de sexta-feira, a vitória de 16 pacientes na batalha contra o novo coronavírus que estavam internados no Hospital de Campanha do Mané Garrincha. Mais de 800 pacientes se recuperaram.


Mandou mal 
Há suspeita, segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), da existência de  esquema internacional de animais silvestres e exóticos atuando no DF, como a cobra naja Kaouthia, que picou um jovem estudante de veterinária.



À QUEIMA-ROUPA 



Alex Galvão
presidente eleito do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF)


“Não existe mágoa (com o governo Rollemberg). Existe uma triste marca que precisa ser reparada”


Você e a nova administração do Sinpol tomam posse nesta quarta-feira para
mandato de três anos. 
O que muda na condução do sindicato com a nova direção?
A nova diretoria tem representantes de todos os cargos da Polícia Civil, ativos e aposentados, homens e mulheres, de várias faixas de idade e de tempo de carreira, além de ser composta por 80% de novos nomes. É uma diretoria que chega com novas ideias e muita energia para fazer o que for preciso pela valorização e reconhecimento dos policiais civis do Distrito Federal. 

A sua administração vai brigar pela paridade de salário com a PF, já que até agora o governo só pagou 8% dos 37% prometidos?
A paridade é uma conquista histórica e que precisa ser recuperada. A categoria sofre há anos com uma defasagem salarial que chega aos 60%. Os 8% foram o primeiro resultado de uma luta por valorização que ainda não acabou. E seguiremos na luta até que a paridade seja reestabelecida. Paralelamente a isso, também lutaremos por outros direitos que ainda nos são negados. Como o plano de saúde, por exemplo. 

Acredita que o governo Bolsonaro vai autorizar essa recomposição?
Acreditamos que sim. Não há motivos para o contrário. Os nossos recursos vêm da União e já estão previstos no Fundo Constitucional. Não estamos pedindo algo novo. Houve um tempo em que éramos reconhecidos por ser uma das categorias mais valorizadas do país. Apesar de mantermos um dos melhores índices de eficiência do país, o que vemos, atualmente, é defasagem e sucateamento. Isso precisa mudar. E contamos com o governo federal nesta luta. 

A Polícia Civil do DF ainda tem mágoa do governo Rollemberg?
Não existe mágoa. Existe uma triste marca que precisa ser reparada. Foi um período muito difícil para o policial civil e que vai além das questões salariais. As condições de trabalho eram precárias. Faltavam equipamentos básicos e a sensação de desvalorização e desmotivação era geral. O policial civil tem que lidar com o que há de pior na sociedade para garantir a segurança de todos. Mas também precisa de assistência. E a categoria não se sentiu cuidada por aquela gestão. E muito ainda precisa acontecer para que os nossos policiais trabalhem nas condições e com o reconhecimento que merecem.
 
 

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