Cidades

Na retomada das vendas, comércio prioriza Dia dos Pais

Vendas durante a pandemia ainda são tímidas, mas lojistas apostam em estratégias como promoções e compras on-line para reverter situação. Entre os itens mais procurados, estão os eletroeletrônicos

Correio Braziliense
postado em 27/07/2020 06:01
Michael Chaves, 40 anos, com os filhos:
Comerciantes do Distrito Federal aguardam com ansiedade o Dia dos Pais para uma retomada de vendas após meses de crise econômica. Depois das medidas de combate ao novo coronavírus, que obrigaram o fechamento de estabelecimentos por meses, o Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista) estima que o comércio da capital tem vendido quase 70% a menos nesses últimos três meses, do que o mesmo período do ano passado. Porém, com shoppings, restaurantes e lojas em geral abertas neste momento, recebendo clientes com o cumprimento de recomendações de saúde, o setor espera maior movimentação econômica para o dia 9 de agosto.

“Essa é uma data bem representativa para o comércio do DF, que vinha apresentando um crescimento de cerca de 5% a cada ano no Dia dos Pais. Com a pandemia, não devemos continuar esse ritmo, mas temos expectativa de uma retomada melhor do que a que estamos vivendo neste mês de julho”, detalha o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro. A esperança de boas vendas é puxada por promoções, como liquidação de produtos que estão em estoque, o parcelamento de compras e a chamada venda por impulso, que é quando o cliente adquire um produto que não tinha intenção de comprar naquele momento, e adquire porque viu uma oferta no shopping ou encontrou boas condições na internet, por exemplo.

Especialistas também lembram que a forma de consumir mudou neste ano. Giuliano Bragaglia, superintendente do Conjunto Nacional, diz que o varejo também acompanha alterações do estilo de vida. “Estamos observando que experiências que antes eram diferenciais, agora são premissas, como as opções de compras virtuais. Então, esse é um momento de adaptação para uma retomada consciente de vendas, que tem que prezar pela saúde do cliente, oferecer boas ofertas, um bom atendimento e alternativas on-line”, comenta.

Um exemplo dessas adaptações do shopping é o sistema de locker, em que o cliente faz compras pelo site e retira o produto em uma caixa instalada no primeiro piso, usando o QR Code, sem contato pessoal.

Para a família


Giuliano também avalia que as vendas de aparelhos eletroeletrônicos têm se destacado e devem continuar em alta durante o Dia dos Pais, pois os moradores da capital estão passando mais tempo em casa e sentem mais necessidade de renovar os aparelhos. Michael Chaves, 40 anos, conta que foi um dos que realizou essas compras on-line durante o período de isolamento. “Acabei comprando alguns produtos pela internet, mas o comércio físico é diferente, porque não é só para comprar, também é um passeio de família, com uma programação especial”, diz o engenheiro.
 
Juceimar dos Reis:  

Há, também, quem prefira as compras digitais, como Juceimar dos Reis, 38. “Comprei um relógio recentemente pelo site da loja e vi que a pandemia bloqueia muita coisa fisicamente, mas o ambiente virtual sempre acaba sendo uma boa opção. Acho que ainda vai demorar para que as pessoas voltem a frequentar as lojas como antes”, opina o bancário.
 
Luís Carlos Oliveira aposta em retomada lenta, com focos em produtos diferentes 

Para o empresário Luís Carlos Oliveira, 48, é quase imprevisível saber como será o comportamento do mercado neste Dia dos Pais. Porém, ele aposta em uma retomada lenta, com focos em produtos diferentes. “As perdas financeiras foram muito grandes durante o fechamento, então não devemos conseguir recuperar rápido. Muita coisa mudou e até as pessoas mudaram os hábitos. Mas, como agora temos mais tempo com a família, a dica que eu dou são presentes como brinquedos educativos (para os pais e os filhos), que acabam tendo como finalidade reunir quem a gente ama, desenvolver a mente e se divertir um pouco nesse momento difícil”, diz.

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