Correio Braziliense
postado em 29/07/2020 04:19
A morte do apresentador de televisão Rodrigo Rodrigues, ontem, vítima da covid-19, causou comoção entre fãs, jornalistas, esportistas e artistas. Aos 45 anos, o âncora do programa Troca de Passes, do canal SporTV, deixa um legado de paixão e dedicação ao jornalismo esportivo e à música.
“O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente o falecimento do jornalista Rodrigo Rodrigues e se solidariza com os familiares, amigos e fãs”, destacou nota do clube carioca. “Descanse em paz, rubro-negro querido”, completou o atacante Gabigol.
O jornalista foi hospitalizado, no último sábado, após sentir-se mal, no Hospital Unimed, no Rio de Janeiro. Ele havia sido diagnosticado com covid-19 antes da internação. Rodrigues deu entrada na emergência da unidade com quadro de cefaleia, vômitos e desorientação. No domingo, foi operado para diminuição da pressão intracraniana em decorrência de trombose venosa cerebral. Ele estava em coma induzido desde então. O último boletim informou que o estado dele era grave.
Rodrigo Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 18 de abril, e formou-se em jornalismo pela Universidade Gama Filho (UGF/RJ), em 2001. Começou a carreira na televisão em 1995, como apresentador do quadro Teentrevista, do programa Convocação Geral, da RedeVida! (RJ). Pela experiência na tevê, decidiu ingressar no jornalismo. Nas grandes emissoras, teve passagens como repórter no SBT, na TV Bandeirantes e na TV Cultura, onde iniciou a carreira de apresentador no programa Vitrine.
Escritor, músico, jornalista, apresentador e empresário. Rodrigo Rodrigues teve várias facetas e as exercia com habilidade. Segundo amigos, uma das maiores qualidades dele era unir diferentes tribos. Por meio de notas, a morte do comunicador foi lamentada por diversos profissionais da área e clubes esportivos.
No jornalismo esportivo, começou em 2011. A convite de José Trajano, passou a integrar a equipe da ESPN Brasil. No mesmo ano, misturou a paixão pelo esporte com a música na rádio Estadão ESPN (SP). Em 2014, deixou a emissora e foi para a TV Gazeta, mas retornou em 2015. De lá, ainda passou pelo Esporte Interativo e fechou o ciclo no SporTV.
Música e livros
Carismático, Rodrigues era um roqueiro apaixonado e jamais abandonou a vocação artística. Em 2008, tirou da gaveta um projeto musical guardado desde os tempos de colégio e lançou a banda The Soundtrackers. Chegou a se apresentar no Domingão do Faustão.
Também escreveu quatro livros: As aventuras da Blitz (Ediouro, 2008), que conta a história da banda fundada por Evandro Mesquita; Almanaque da música pop no cinema (Casa da Palavra, 2012); London London: o único guia para conhecer Londres utilizando o metrô (Faro Editorial, 2014); e Paris, Paris: conheça a Cidade Luz utilizando o metrô (Faro Editorial, 2016).
“Hoje é o dia mais triste da minha carreira. Meu amigo, parceiro de pizza na madrugada, generoso, divertido, que me ensinou tanto sobre ser leve em televisão. Rubro-negro doente, viciado em camisas de clubes, música, Zico e resenha”, publicou a jornalista Ana Thaís Matos em uma rede social.
“Estou inconsolável. Na última vez em que nos falamos, ele escreveu: ‘Se você não tivesse me inventado no futebol, nada disso teria acontecido’. Gratidão eterna. O inesquecível Rodrigo, a alegria em pessoa”, finalizou o jornalista José Trajano.
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