Correio Braziliense
postado em 31/07/2020 13:27
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta sexta-feira (31/7), o homem acusado de estrangular a companheira, no Condomínio Porto Rico, em Santa Maria. O crime ocorreu no sábado (25/7) e é tratado como feminicídio pela 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria).
O acusado havia se apresentado à polícia dois dias após cometer o crime, na segunda-feira (27/7). Aos agentes, ele relatou que a mulher havia sido vítima de um agressor desconhecido e que, ao intervir, foi esfaqueado. Contudo, de acordo com o delegado à frente das investigações, Paulo Fortini, a versão contada pelo autor não bate com as evidências existentes.
“Não havia testemunhas que confirmassem alguma briga na rua. Ele apresentou lesões perfurocortantes e chegou a ser atendido no hospital. Ocorre que ele teria aplicado um mata leão nela (companheira)”, detalhou.
Como o suspeito estava ferido quando procurou a delegacia, foi socorrido ao hospital. Por ter se apresentado como vítima, ele não foi preso.
O homem deixou o hospital, o que levantou a suspeita dos policiais de envolvimento no assassinato da mulher, mas se apresentou na delegacia com os advogados. Em depoimento, ele alegou que agiu em legítima defesa. “Como ele se apresentou e se colocou prestativo, o encaminhamos ao Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer o laudo de corpo de delito", disse o delegado.
O delegado afirma que, em oitiva, o suspeito afirmou ter aplicado o golpe na mulher. "Disse ter matado em legítima defesa, que aplicou o golpe até que a vítima soltasse a faca que seguranva. Então, tiveram uma briga no chão e ele a agarrou por trás, aplicando o golpe", explica.
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