Cidades

HUB cria programa de telessaúde para atender indígenas do DF na pandemia

Ambulatório de Saúde Indígena do HUB fornece orientações e teleconsultas em meio à pandemia da covid-19

O Hospital Universitário de Brasília (HUB) criou um programa de telessaúde para atender as comunidades indígenas do Distrito Federal. O serviço oferece consultas e orientações sobre o novo coronavírus de forma virtual, e já acolheu os primeiros pacientes com sintomas da covid-19. 

Os atendimentos são fruto de uma iniciativa do Ambulatório de Saúde Indígena do HUB. Para marcação da teleconsulta, basta agendar pelo telefone (61) 2028-5422, por ligação ou WhatsApp. Depois, um pré-atendimento é realizado pela equipe interdisciplinar, formada por estudantes, professores e profissionais de áreas como enfermagem, farmácia, medicina, odontologia, saúde coletiva, psicologia e serviço social. 

A consulta é realizada por chamada de vídeo, de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h. Coordenadora do ambulatório, Graça Hoefel, alerta para o sofrimento e adoecimento do indígena no período de isolamento, lembrando também que eles não podem mais realizar o tradicional ritual comunitário de passagem nos casos de morte em decorrência do coronavírus.

“A covid-19 chegou nas comunidades indígenas, que estão muito fragilizadas, com pouco recurso e poucas informações. Esperamos conseguir dar apoio e atenção à saúde dessa população”, explica Graça. 

Atendimentos

Estudante de ciência política da Universidade de Brasília (UnB), Danilo Tupinikim, 20 anos, procurou o teleatendimento nesta semana quando começou a sentir febre, dor de cabeça, coriza e falta de ar. “Estava desesperado, porque moro sozinho e não tinha informação alguma. Me senti muito acolhido, principalmente porque estavam dispostos a me escutar”, avaliou.

Danilo foi orientado a ir ao HUB e realizou o exame RT-PCR para diagnóstico da doença. Ele segue monitorado pelos profissionais do Ambulatório de Saúde Indígena, a distância, até que o resultado fique pronto. 
 
Com informações do HUB