Correio Braziliense
postado em 01/08/2020 04:16
Em 24 horas, foram registrados 1.850 novos casos e 25 mortes pela covid-19 no Distrito Federal. Desses óbitos, 22 vítimas moravam no DF, duas no Entorno e uma em Roraima. A capital contabiliza 106.292 notificações e 1.469 mortes. Do total, 88.797 pessoas estão recuperadas e cerca de 16 mil casos da doença seguem ativos. As informações são do boletim divulgado diariamente pela Secretaria de Saúde.A cidade mais afetada pela doença é Ceilândia, com 13.208 casos, seguida de Plano Piloto (8.382), Taguatinga (7.593) e Samambaia (6.773). A letalidade de Ceilândia é a maior do DF, 2,2%; no Plano Piloto, a taxa é reduzida pela metade (1,1%). Sobradinho aparece como a região com mais incidência de casos — maior número de diagnósticos por 100 mil habitantes.
Mais leitos
De acordo com a Sala de Situação, plataforma do governo que apresenta o panorama de atendimentos por coronavírus, a rede pública está com 84,08% de ocupação nos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) destinados à covid-19. Na rede privada, a taxa é de 94,06%. O Hospital Universitário de Brasília (HUB) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia registravam capacidade total na noite de ontem. O Hospital Regional de Taguatinga e o Hospital Regional de Santa Maria apresentavam taxas de ocupação superiores a 90%.
A situação, no entanto, tende a melhorar a partir de decisão do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), que suspendeu, ontem, a proibição à Secretaria de Saúde de pagar empresa que faz a gestão do Hospital de Campanha da Polícia Militar. Dessa forma, 100 leitos destinados ao tratamento da doença que estavam bloqueados ficam autorizados a funcionar na unidade.
Apesar da liberação, a Secretaria de Saúde precisa prestar esclarecimentos à Justiça quanto ao processo de contratação da empresa Associação Saúde em Movimento. A decisão de 15 de julho, que suspendia o pagamento, alegava possíveis irregularidades no processo. O órgão deve explicar a divergência nos valores para o “ventilador pulmonar” na proposta e nas respectivas notas fiscais emitidas. Além disso, precisará detalhar quais equipamentos serão incorporados ao patrimônio público e os que foram alugados, discriminando valores ajustados para evitar pagamentos indevidos à contratada.
Ainda que esses pontos precisem ser elucidados, o conselheiro Inácio Magalhães Filho acatou alguns dos esclarecimentos prestados pela pasta e considerou o avanço da pandemia no DF. A secretaria tem 10 dias para encaminhar as respostas. De acordo com o GDF, os leitos devem ser liberados para uso a partir de hoje. “As explicações serão feitas. Se estiver algo errado, glosa o pagamento. O que não pode parar é o atendimento”, argumenta o assessor do governo Paulo Pestana.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.