Cidades

Estudo mostra que DF continua no pico da epidemia de coronavírus

Taxa de transmissão aumentou, apesar de mantida a taxa de isolamento. Pesquisadores acreditam que a mudança tem relação com a testagem

Correio Braziliense
postado em 05/08/2020 16:47
Os pesquisadores acompanham a taxa de transmissão do coronavírus no DF.O boletim quinzenal do grupo de pesquisadores do Observatório de Predição e Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (PrEpidemia) mostra uma estabilização no nível de transmissão da doença. Isso significa que a curva de infectados não está diminuindo, o que indica que o DF ainda não passou do pico da pandemia. 

Os pesquisadores acompanham a evolução da doença com a taxa R(t), que, segundo o documento, indica a relação da progressão ou regressão do comportamento da pandemia. Quanto maior for esse valor, maior é a taxa de novos casos por dia. Em outras palavras, a taxa apresenta o valor médio de pessoas que podem ser contaminadas a partir de uma pessoa infectada”. 

O boletim anterior do PrEpidemia, publicado em 22 de julho, apresentava o R(t) de 1,00. Os pesquisadores esperavam que, para o boletim publicado nesta quarta (5/8), a taxa fosse menor, o que não aconteceu. O R(t) atual é de 1,03. 

“Houve um leve aumento no número de reprodução estimado. Todavia, esse aumento parece estar relacionado a uma variação no processo de testagem e não a um aumento real”, explicou o professor Paulo Angelo Resende, responsável pelos dados do PrEpidemia e pesquisador da Associação GigaCandanga.

O grupo de pesquisadores acompanha a taxa de transmissão do vírus por região administrativa e as separa por nível de criticidade baseado também na taxa R(t). Nesse boletim, nove RAs subiram para o estado de atenção, e têm R(t) entre 0,8 e 1,2. Foram elas Candagolândia, Itapoã, Jardim Botânico, Paranoá, Pôr do Sol, Riacho Fundo II, São Sebastião, Sudoeste/Octogonal e Varjão. 

O estudo ainda acompanha as hospitalizações, além de indicadores de distanciamento social por dados fornecidos por empresas. “Não houve aumento significativo na hospitalização e nem alteração relevante no comportamento social. Vamos poder confirmar isso nos próximos boletins”, afirmou Paulo. 

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