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Correio promove, hoje, último debate entre candidatos ao Palácio do Buriti

Encontro será transmitido a partir das 17h. Esta é a derradeira oportunidade para os eleitores conhecerem as propostas dos principais candidatos a governador do Distrito Federal

Mariana Machado
postado em 03/10/2018 06:00
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A quatro dias das eleições, muita gente ainda não decidiu o voto para governador do Distrito Federal. A mais recente pesquisa encomendada e publicada pelo Correio Braziliense mostra que 6,7% dos eleitores não sabem em quem votar. Os que pretende anular ou votar em branco são 14,4%. Para ajudar a escolher de forma consciente, o Correio e a TV Brasília realizam hoje, a partir das 17h, o último debate entre os principais candidatos ao Palácio do Buriti no primeiro turno. O encontro será transmitido pela TV Brasíli e pelos canais do Correio no Youtube, Facebook e Twitter.

Confirmaram presença sete dos concorrentes: Rodrigo Rollemberg (PSB), Eliana Pedrosa (Pros), Ibaneis Rocha (MDB), Alberto Fraga (DEM), Rogério Rosso (PSD) Júlio Miragaya (PT) e Fátima Sousa (PSol). Os leitores podem enviar perguntas usando a hashtag #DebateCorreio nas redes sociais.

A secretária Luciana Siqueira, 42, ainda não escolheu em quem votar para governador e espera que o evento de hoje ajude a escolher. ;O mais importante é que quem for eleito ofereça soluções aos problemas da cidade. É urgente pensar em saúde, segurança e educação;, avalia.

Mulher blusa branca na rodoviária do plano Luciana tem acompanhado a maioria dos debates na companhia do filho e acredita que a disputa está acirrada. ;Por enquanto ainda não deu para escolher, mas vamos ver as propostas;, disse. Assim como ela, muitas pessoas decidem na última semana quem quer ver como futuro governante.

Frustração
Na avaliação do cientista político Leandro Gabiati, a falta de identificação com os candidatos e uma frustração com o sistema ajudam a justificar essa indecisão na reta final. ;Há uma insatisfação com esse modelo democrático em que temos direitos e obrigações. Dentro das obrigações, temos que pagar impostos e o Estado prover saúde, educação, etc. Estamos cumprindo nossa parte e o Estado não;, explica. ;Quando não gostamos de uma coisa, adiamos a decisão e deixamos para o final;, completa.

Para Gabiati, os debates realizados a poucos dias do primeiro turno tem mais capacidade de influenciar a decisão do eleitor. ;A gente viu que os realizados até aqui tiveram pouca relevância até porque boa parte do eleitorado só tende a colocar o radar dele na eleição e escolha de um candidato na última semana antes do primeiro turno;, acredita o estudioso.

Rapaz de casaco azul na rodoviária do plano Segundo ele, o clima de ataques entre os candidatos até aqui pouco serviu para oferecer de fato propostas, então é na última semana que os indecisos poderão tomar suas decisões. ;Certamente o debate do Correio terá capacidade de informar melhor o eleitor, especialmente quem não decidiu o voto. A gente tem que confiar na democracia e que o pessoal vote de forma positiva. A democracia é a única opção;.

Saúde e educação
Insatisfeita com a atual política brasileira, a professora Agissea Oliveira, 43, também não decidiu o voto. No primeiro turno ela não estará em Brasília, mas no segundo sim e por isso quer assistir à transmissão de hoje. Para ela, é urgente que algo seja feito nas áreas de saúde e educação. ;Uma coisa depende da outra. A massa maior está sem educação, as pessoas despejam os filhos nas escolas e os meninos vão para lá passando fome;, reclama.

Estudante de engenharia da Universidade de Brasília (UnB) Genilson Ferreira, 19, vai votar pela primeira vez e acompanha o que pode das discussões políticas para se informar.

Aos 71 anos, o cearense Francisco Araújo nem precisaria votar, mas faz questão de ir a cada quatro anos. ;Os debates ajudam, mas os participantes começam a falar mal um do outro e fica difícil;, riu o aposentado. ;Vou votar porque acho que é a minha obrigação;, explica Francisco, que costuma assistir com a filha sempre que pode.

Voto útil
Com pesquisas eleitorais sendo divulgadas quase diariamente, muito se fala em ;voto útil;. Segundo o cientista político Leandro Gabiati, isso nada mais é do que um voto racional, isto é, feito de forma estratégica. ;O primeiro turno, graças à Constituição de 1988, permite ao eleitor que escolha com o coração, porque gosta ou tem afinidade com um político, enquanto no segundo turno a escolha seria mais técnica. Com as pesquisas eleitorais, a gente vê que essa racionalidade acaba vindo antes. É um voto para eliminar quem a gente não quer ver de jeito nenhum assumir o poder. Totalmente racional e calculista;, explica.

Na avaliação do cientista político Antônio Testa, da Fundação Getúlio Vargas, o voto útil tende a aproveitar a rejeição de um candidato para estimular o voto em outra pessoa. ;Entre os indecisos, o direcionamento é para quem tem menor rejeição;, diz ele, afirmando ainda que no país as eleições estão acirradas e tudo pode acontecer. ;Ainda que com os debates na forma como têm sido colocados seja difícil de formar a opinião dos eleitores, pelo tempo e roteiro, é importante;.

Para Testa, nesta eleição será mais comum o ;voto envergonhado;, isto é, pessoas que, por vergonha de declarar apoio a algum candidato, dizem votar em branco. ;É o voto que está dentro do armário, de quem decide de última hora. Haverá um esforço grande de todas as partes para conquistar esse voto envergonhado, que pode acabar migrando;, acredita.


Programe-se

O debate do Correio em parceria com a TV Brasília é hoje, a partir das 17h.

Quem participa

; Alberto Fraga (DEM)
; Eliana Pedrosa (Pros)
; Fátima Sousa (Psol)
; Ibaneis Rocha (MDB)
; Júlio Miragaya (PT)
; Rodrigo Rollemberg (PSB)
; Rogério Rosso (PSD)

Como interagir

Envie perguntas para os candidatos usando a hashtag #DebateCorreio nas redes sociais.


Onde assistir
TV Brasília: NET canais 18 e 518 (HD) e TV Aberta canal 6.1
Facebook: www.facebook.com/correiobraziliense
Twitter: @correio
Youtube: Correio Braziliense
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