Ciência e Saúde

Museu de Estocolmo dedica uma exposição aos móveis da Ikea

postado em 20/06/2009 15:00
A poltrona verde de 1959, o sofá vermelho dos anos 70, o edredon azul de 1984 e outros itens do mobiliário que marcaram época: um museu de Estocolmo abriu as portas para uma exposição da Ikea, o fabricante de móveis de baixo custo que transformou o interior dos lares de todo o mundo. Desde a primeira mesa desmontável dos anos 50 às mais recentes recentes criações lúdicas, passando pelas salas psicodélicas dos anos 60 ou o design mais depurado e "in" dos anos 90, o Museu Liljevachs expõe mais de meio século de história da fábrica suíça. "Não é uma exposição tradicional sobre design. Estes móveis fazem parte da vida das pessoas, de suas experiências, é uma forma de nostalgia", explica Steffan Bengtsson, o curador da mostra que permanecerá aberta até 13 de agosto. Os populares kits de móveis da Ikea se transformaram em obras de arte neste museu dedicado à arte contemporânea, algo que o fundador da marca, o multimilionário Ingvar Kamprad jamais poderia imaginar, tanto que ele não possui muitos dos itens que serão expostos. "Para Ingvar Kamprad, o amanhã é a única palavra que conta. Achei que a Ikea teria um acervo formidável, mas não foi o caso", explicou Bengtsson. "Por isso recorremos a amigos e colecionadores para conseguir as peças que queríamos; foi bem difícil". O fundador da Ikea, apesar de sua fama de avarento, também emprestou à exposição sua poltrona favorita, que fica em seu exílio fiscal na Suíça. Fundada em 1943 por Kamprad, então um adolescente, a Ikea começou a fabricar seus próprios móveis em meados dos anos 50, contribuindo assim para popularizar em escala industrial a reputação do design escandinavo e conquistando a Europa, a América do Norte e, depois, o resto do mundo, da China ao Japão, passando pela Rússia. A exposição conta como, por exemplo, nos anos 70, a Ikea produziu quase todos seus móveis com tecido denim porque seu fundador comprou, a preço de banana, 700.000 metros de jeans de uma empresa chinesa em dificuldades. "Para a Ikea, tudo é sempre uma questão de preço", brinca Steffan Bengtsson.

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