Ciência e Saúde

Há 40 anos, o homem deu seu primeiro passo na Lua

Agência France-Presse
postado em 14/07/2009 20:17
Há 40 anos, em 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong tornou realidade o sonho mais antigo das civilizações humanas quando se converteu no primeiro homem a caminha na Lua. [SAIBAMAIS]Enquanto 500 milhões de pessoas em torno do mundo esperavam ansiosamente aglomoradas junto a rádios e telas de televisão de imagem borrada, Armstrong desceu a escada do módulo sobre a superficie lunar. "Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade", recitou Armstrong com a voz voz levemente distorsida pela distância e pelos equipamentos de comunicação, uma frase que ficaria gravada para sempre nos livros de história da Terra. As multidões ovacionaram o momento quando Armstrong foi alcançado por seu companheiro Buzz Aldrin, que descreveu a "magnífica desolação" da paisagem lunar, nunca antes testemunhda em primeiro plano vista da Terra. Apenas 12 terráqueas caminharam desde então pela superfície da Lua, o solitário e misterioso satélite da Terra que alimentou nossos sonhos desde que os primeiros humanos caminharam sobre o planeta. Em plena Guerra Fria, o programa Apollo foi usado para provar o domínio americano na corrida espacial. Colocar uma bandeira dos Estados Unidos na superfície da Lua em 1969 marcou pontos muitos importantes em relação à União Soviética. O programa Apollo, que tornou possível seis alunissagens bem sucedidas entre 1969 e 1972, começou oito anos antes, em 1961, quando o presidente John F. Kennedy lançou o desafio ao Congresso de levar o homem à Lua ainda naquela década. "Creio que esta nação deve se comprometer em alcançar a meta, antes de termine esta década, de aterrissar o homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra sem perigo", disse então Kennedy. A decisão de chegar à Lua estava acima de qualquer decisão política, disse John Logsdon, curador e especialista do Museu Nacional do Ar e do Espaço. A União Soviética foi a primeira nação a colocar um satélite em órbita, em 1957, com o lançamento do Sputnik e, em 1961, Yuri Gagarin se converteu no primeiro homem a vijar ao espaço. "A União Soviética definiu o êxito espacial como a medida de poder e atração de uma sociedade moderna, e o presidente Kennedy decidiu que deixar um êxito espacial espetacular apenas para a URSS não era do interesse dos Estados Unidos", explicou Logsdon à AFP. A corrida espacial se converteu no símbolo da batalha da Guerra Fria pelo domínio entre ideologias enfrentadas e poderes mundiais polarizados. Em 1970, meses depois das alunissagens, o dissidente soviético Andrei Sakharov escreveu, em uma carta aberta ao Kremlin, que a capacidade dos Estados Unidos de colocar um homem na Lua provou a superioridade de uma democracia. "A Nasa havia estudado uma missão à Lua antes da decisão de Kennedy e havia concluída que não existiam barreiras tecnológicas importantes", contou Logsdon. "No entanto, a experiência para construir os complexos sistemas requeridos para levar a cabo a missão era escassa". Graças à crescente prosperidade dos Estados Unidos e seus êxitos científicos e técnicos, o país colocou rapidamente em marcha o programa Apollo. Os custos da missão foram calculados em 1969 em 25 bilhões de dólares, 115 bilhões em cifras atuais e mais de seis vezes o atual orçamento da Nasa.

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