Agência France-Presse
postado em 30/07/2009 20:10
A eventual queda de um cometa sobre a Terra provavelmente não causaria a extinção da vida, como temem algumas pessoas, segundo aponta um estudo divulgado nesta quinta-feira. Astrônomos da Universidade de Washington realizaram uma simulação com a ajuda de computadores para estudar a evolução de nuvens de cometas no sistema solar nos últimos 1,2 bilhão de anos.
Os cientistas estudaram especificamente a nuvem de Oort, um resíduo da nebulosa que deu lugar à formação de nosso Sistema Solar, e que conteria bilhões de cometas.
"Nos últimos 25 anos, o interior da nuvem de Oort foi considerado uma região misteriosa e desconhecida do Sistema Solar, capaz de provocar explosões de corpos (celestes) que poderiam erradicar a vida na Terra", indicou o autor do estudo, Nathan Kaib.
[SAIBAMAIS]A simulação, no entanto, mostrou que a Terra provavelmente foi atingida por cometas grandes o suficiente para causar danos consideráveis apenas duas ou três vezes nos últimos 500 milhões de anos.
É possível que estes cometas tenham colaborado para a extinção registrada no fim do Eoceno - um acontecimento "menor", segundo os critérios evolutivos -, que aconteceu há cerca de 40 milhões de anos.
Para Kaib, se isto de fato ocorreu, foi a chuva de cometas mais intensa desde os primeiros fósseis.
A baixa frequência "transforma estes fenômenos em uma causa pouco provável de outros episódios de extinção", concluíram os cientistas em seu trabalho, publicado na revista Science.