Agência France-Presse
postado em 15/09/2009 20:20
A intolerância ao glúten é subestimada, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira nos Estados Unidos, que constatou um aumento das taxas de mortalidade nas pessoas celíacas.O glúten é uma proteína presente em uma grande quantidade de cereais (trigo, cevada, aveia), contida em alimentos básicos ou de consumo habitual, como a farinha, o pão ou as tortas.
A doença ligada à intolerância ao glúten, denominada celíaca, atinge 1% população ocidental. Afeta o intestino delgado e aqueles que a sofrem podem ter outras afecções vinculadas ao sistema imunológico, como diabetes ou artrite.
O problema é que a doença não é diagnosticada até provocar sérias complicações.
De acordo com um estudo realizado por Jonas Ludvigsson, da Universidade de ;rebro, na Suécia, e publicado no Journal of the American Medical Association, o risco de morte ligado a esta doença "aumentou ligeiramente".
Para realizar seu estudo, os pesquisadores analisaram dados provenientes de biópsias realizadas entre julho de 1969 e fevereiro de 2008 na Suécia.
Segundo Ludvigsson, o aumento do risco de morte pode ter sua origem em uma falta de vitaminas ou em inflamações crônicas. "Até pouco tempo, a sensibilidade ao glúten recebeu pouca atenção na literatura médica tradicional, embora haja cada vez mais sintomas constatados nos pacientes com diferentes problemas neurológicos e psiquiátricos", explicou Peter Green, da Faculdade de Medicina e Cirurgia de Columbia (Nova York, nordeste dos Estados Unidos), em um artigo que acompanha o estudo.
O estudo "reforça a importância de se tentar diagnosticar a doença celíaca", acrescentou.