Agência France-Presse
postado em 03/11/2009 19:00
Um conjunto de galáxias situadas a quase 7.000 anos-luz da Terra e consideradas "o esqueleto do Universo" foi descoberto por meio da combinação dos telescópios mais potentes do mundo, situados no Chile e no Japão.Segundo o Observatório Europeu Austral (ESO, sigla em inglês), esta é "a primeira observação de tão importante estrutura de galáxias no Universo distante, permitindo uma melhor compreensão da rede cósmica e de como se formou".
De acordo com o observatório, trata-se de "filamentos com milhões de anos-luz de comprimento e constituem o esqueleto do Universo".
"As galáxias se reúnem em torno dos filamentos e em suas interseções se formam imensos cúmulos de galáxias... Os cientistas estão tentando determinar como se aglutinam", revelou o ESO.
"A matéria não está distribuída tão uniformemente no Universo", destacou Masayuki Tanaka, diretora da pesquisa.
"As teorias cosmológicas mais aceitas afirmam que a matéria se aglutina, em maior escala, na chamada rede cósmica, na qual as galaxias aparecem em filamentos que se estendem entre vazios, criando uma estrutura gigantesca e dispersa".
De acordo com o ESO, a descoberta só foi possível ao "combinar dois dos telescópios terrestres mais potentes do planeta (situados no Chile e no Japão)".
O Observatório Europeu Austral é uma organização astronômica intergovernamental apoiada por 14 países e sócia da ALMA, o grande conjunto de radiotelescópios situado em Atacama, Chile (1.700 km ao norte de Santiago), atualmente em construção.
O Chile opera na cidade de Antofagasta (norte) o Observatório de Cerro Paranal, que tem um dos telescópios mais potentes do planeta.