Ciência e Saúde

Nova evidência aponta para oceano em Marte no passado

Agência France-Presse
postado em 23/11/2009 20:04
Astronautas do ônibus espacial americano Atlantis encerreram nesta segunda-feira a terceira e última saída ao espaço de sua missão, executando com sucesso e rapidamente todas as tarefas programadas, informou a Nasa.

Os dois astronautas, Randy Bresnik e Robert Satcher, voltaram à câmara de descompressão da Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) antes do horário previsto para a conclusão dos trabalhos, às 17H06 de Brasília.

A caminhada durou 5 horas e 42 minutos, quase uma hora a menos que o previsto.

Uma falha em uma válvula do mecanismo que permitia Satcher beber em seu traje espacial atrasou a saída em uma hora.

Os astronautas instalaram um tanque de oxigênio de alta pressão na câmara de pressurização Quest, uma tarefa que levou três horas.

Para evitar possíveis problemas de saúde provocados pela descompressão no vácuo espacial, os astronautas costumam passar a noite antes da saída no módulo Quest - um tubo de 5,5 metros de comprimento e 4 metros de diâmetro -, onde respiram oxigênio puro para eliminar o azoto de seu organismo.

Os astronautas também instalaram uma estrutura destinada a realizar experiências com materiais compostos avançados e eletrônicos, com o objetivo de entender melhor como são afetados a longo prazo pelo vácuo do espaço, as variações extremas de temperatura e as radiações solares.

O Atlantis, que entregou 12 toneladas de equipamentos para a ISS, deve deixar a estação na quarta-feira para voltar à Flórida (sudeste dos EUA), onde deverá chegar na sexta.

A nave vai trazer de volta a astronauta Nicole Stott, que está na ISS desde agosto.Um mapa mais detalhado de Marte mostra redes de vales em torno do Equador que apontam para um clima úmido, com chuvas, e para a presença de um grande oceano no hemisfério norte, revela um estudo publicado nesta segunda-feira.

Este novo mapa, elaborado por pesquisadores americanos com a ajuda de um novo programa informatizado, indica que este conjunto de vales é, ao menos, duas vezes mais mais largo que o estimado até o momento.

"Todas as indicações obtidas com a análise das redes de vales no novo mapa evidenciam um clima particular no passado do Planeta Vermelho", disse Wei Luo, professor de Geografia da Universidade de North Illinois, um dos autores do trabalho.

Abastecer este conjunto de rios e arroios "exigiria chuvas e a existência de um oceano que cobrisse a maior parte do hemisfério setentrional, provavelmente um terço da superfície de Marte".

O estudo aparece na última edição do Journal of Geophysical Research.

O sistema de vales marciano tem algumas semelhanças com o da Terra, o que permite pensar que Marte foi mais quente e úmido que hoje.

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