Ciência e Saúde

Delegados do clima escolhem entrar por uma porta verde ou vermelha

Agência France-Presse
postado em 07/12/2009 09:42
Uma entrada vermelha para quem é a favor do aquecimento global e outra verde para que é a favor da Terra: os delegados que chegavam nesta segunda-feira (7/12) para participar da abertura da 15ª Conferência sobre o Clima da ONU em Copenhague eram apresentados a esta opção no caminho que leva a entrar no Bella Center, onde acontecem os debates. [SAIBAMAIS]Após passar pelos controles, os participantes cruzam por um tapete cinza que representa uma estrada com uma bifurcação que leva às portas vermelha e verde instaladas pela organizaçao ecológica WWF. Supertição ou convicção? Ninguém passa pela porta vermelha, apesar dos esforços de jovens vestidos totalmente de cinza e que tentavam atrair os visitantes com cartazes afirmando "Protejam seus interesses". Os ativistas da ecologia invadiram a conferência e fazem de tudo para vender seu recado. Uma escultura em gelo de um urso polar foi inaugurada no sábado e seu derretimento foi escolhido como o símbolo do aquecimento global durante a realização da conferência da ONU. O escultor Mark Coreth começou na sexta-feira a trabalhar num bloco de gelo de 11 toneladas, que tem em seu interior uma armadura em bronze do esqueleto do animal em tamanho natural. "Um esqueleto do urso em meio a uma poça de água é tudo que restará na praça Kongens Nytorv, em pleno coração de Copenhague, para recordar os desafios que enfrentamos sobre nosso clima", afirmaram os organizadores em um comunicado. Os organizadores acreditam que a escultura deverá durar dez dias. A Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, que pretende definir a resposta mundial ao aquecimento global que ameaça o planeta, teve início nesta segunda-feira em Copenhague. Os representantes de 192 países, encabeçados pelo primeiro-ministro dinamarquês Lars Loekke Rasmussen, assistiram em sessão plenária ao início de duas semanas de negociações, que chegarão ao fim em 18 de dezembro na presença de mais de 100 chefes de Estado e de Governo. A missão da conferência, histórica por seu tamanho, é limitar a dois graus centígrados o aumento da temperatura média da superfície da Terra, o que faz necessária uma drástica redução das emissões de gases do efeito estufa.

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