COPENHAGUE - O Programa Mundial de Alimentos (PMA) lançou um "apelo à ação" nesta quarta-feira na cúpula do clima de Copenhague, para que os países ajudem os agricultores do mundo a se prepararem para as consequências do aquecimento global.
"Isso não é um apelo desesperado, e sim um apelo à ação", disse Josette Sheeran, presidente do PMA.
Sheeran pediu aos participantes reunidos em Copenhague que cheguem a "um compromisso valente e forte" para ajudar as populações vulneráveis a superar os problemas relacionados às mudanças climáticas.
"Não podemos baixar a guarda", afirmou.
Lembrando o auge da crise de alimentos há dois anos, "quando 150 milhões de pessoas entraram para a estatística dos famintos praticamente do dia para a noite", ela alertou que "as causas da vulnerabilidade continuam presentes".
A presidente do PMA acredita que os preços e a oferta alimentares continuarão sendo voláteis "em um futuro próximo".
"As crises têm aumentado, o que pede ações históricas apesar da generosidade de mais de 100 nações que nos fazem doações", explicou Sheeran.
A presidente do PMA se disse "extremamente otimista". "O mundo é capaz de reduzir o número de pessoas que passam fome apesar dos desafios que precisamos enfrentar", destacou.
Um novo relatório do PMA, entitulado "As mudanças climáticas e a fome: responder ao desafio", calcula que "até 2050, o número de pessoas que podem passar fome aumentará de 10% para 20% por causa do aquecimento global".