COPENHAGUE - A conferência de Copenhague que deverá permitir, na sexta-feira, a conclusão de um acordo mundial contra o aquecimento climático, é um "momento determinante na história", considerou nesta terça-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na abertura da sessão ministerial da reunião.
Segundo Ban Ki-moon, a ajuda financeira dos países industrializados às nações em desenvolvimento constituirá um "elemento-chave" do futuro acordo "para ajudar os mais vulneráveis".
Já a ministra dinamarquesa do Meio Ambiente, Connie Hedegaard, que preside a negociação de Copenhague, advertiu que a conferencia pode fracassar se os representantes dos 193 países presentes não estiverem dispostos a fazer concessões.
O secretário-geral das Nações Unidas saudou "a emergência de um consenso entre países desenvolvidos para conceder cerca de 10 bilhões de dólares por ano, durante três anos", a título de ajuda imediata, à adaptação das nações mais vulneráveis aos impactos do aquecimento.
"Com este dinheiro, poderemos realmente obter resultados, reforçar as capacidades de recuperação, limitar o desmatamento, coordenar um crescimento fracamente emissor", prosseguiu.
Segundo Ban, "mais este acordo será forte, mais rápido será transformado em tratado vinculante" (acordado por todos os países e com valor legal).
"Até que tenhamos esse acordo, o Protocolo de Kyoto permanece como o único instrumento legalmente vinculante que sela os compromissos de redução" das emissões de gases de efeito estufa, insistiu.
O primeiro período de compromisso de Kyoto expira em 2012. Os países em desenvolvimento esperam dos industrializados um compromisso até sexta-feira para prorrogá-lo.