Paloma Oliveto
postado em 01/07/2010 08:30
Sob estrita vigilância da mãe, o macaquinho de 7 meses passeia pelo recinto ; o mais moderno e bonito do Zoológico de Brasília ;, curioso com as visitas que se aproximam do vidro. Se dá muita atenção a quem chega, a mãe fica zangada. ;Ela briga mesmo. Quando alguém chega perto, ela pega na marra, leva pelo rabo. Às vezes, até belisca;, conta a chefe do setor de mamíferos do zoo, Clariana Sousa Gelinski.
[SAIBAMAIS]O pai, Henrique, cuida mais do território. Sentado, faz buracos no chão para catar insetos. Depois, começa a passear pela escada que vai do térreo ao mezanino. Mesmo sendo menos grudado ao filhote, ele ajuda na criação do pequeno macaco-japonês, que, apesar da origem oriental, nasceu em Goiânia. Henrique brinca com o filho, cata bichinhos que se alojam na cabeça dele e dá comida na boca.
O patriarca e a fêmea, que não tem nome, vieram do Zoológico do Rio de Janeiro em setembro de 2006. Henrique já estava com 6 anos ; não se sabe a idade da fêmea. Em 2008, fizeram mais uma viagem, rumo ao Zoológico de Goiânia. Ficaram lá por quase um ano, tempo que levou a construção do recinto onde vivem hoje na capital federal. Durante a ausência, nasceu o filhote, que também ainda não foi batizado.
O retiro forçado valeu a pena. A casa dos macacos-japoneses á a mais bonita do zoo e vai servir de padrão para as novas construções. É toda de vidro, tem dois andares, árvores, uma grande escada e ainda conta com um verdadeiro luxo: uma piscina com 1m de profundidade. No Japão, a espécie costuma tomar banhos relaxantes em águas termais para fugir do frio das montanhas. Em Brasília, os macacos nunca foram vistos mergulhando. Eles usam mais o lago artificial para lavar as mãos após as refeições. Na área de cambiamento, nos fundos da casa, ainda há uma rede para cada um.
A aparência dos macacos-japoneses é muito diferente da dos primatas com os quais os brasileiros estão acostumados. Os pelos são mais claros, e eles possuem uma particularidade que chama muito a atenção dos visitantes: a cara e o traseiro são vermelhos. Geralmente, é para esse último que as crianças costumam apontar e rir quando se aproximam do recinto.
Bastante territorialistas, os animais não são agressivos, mas também não gostam muito de aproximações físicas. Só os treinadores mais acostumados chegam perto, sem a proteção do vidro. Para não estressar a mãe, os funcionários do zoo ainda não examinaram o filhote para saber o sexo. Mas, pela observação, Clariana tem um forte palpite: é uma macaquinha.