Agência France-Presse
postado em 05/07/2010 15:02
O satélite Planck, concebido para ajudar a entender melhor o início e o destino do Universo, enviou sua primeira imagem da abóbada celeste, um verdadeiro tesouro de dados para os astrônomos, anunciou nesta segunda-feira (5/7) a Agência Espacial Europeia (ESA)."A primeira imagem do céu completo obtida pelo Planck constitui um extraordinário tesouro, repleto de dados inéditos para os astrônomos", explica a agência em um comunicado.
Planck registra a radiação cósmica de fundo em microondas (CRMB, da sigla em inglês), a luz mais antiga do cosmo, em torno de 380 mil anos depois do Big Bang, que deu origem a nosso Universo. Esta radiação "fóssil" estende-se por todo o céu e se constitui, de acordo com os cientistas, no "rastro indelével que o Universo deixou de sua juventude".
O mapa das flutuações dessa radiação deverá avançar o conhecimento sobre a geometria do Universo, o ritmo de sua expansão e seu futuro previsível.
"Abrimos a porta através da qual os cientistas poderão buscar os elos perdidos que permitirão compreender como se formou o Universo e como evoluiu desde então", explica no comunicado David Southwood, diretor de Ciência e Exploração Robótica da ESA, afirmando que a qualidade da imagem é "altíssima".
Colocado em órbita em maio de 2009, o Planck, localizado a 1,5 milhões de quilômetros da Terra, continuará obtendo dados até o início de 2012.