Ciência e Saúde

ESPECIAL: Os leões Dudu e Fafá, de 16 e 15 anos, são uma das atrações mais procuradas pelo público no Zoo

Paloma Oliveto
postado em 08/07/2010 07:00

Como bom irmão mais velho, Dudu é muito ciumento quando se trata da temperamental Fafá. Normalmente tranquilo, ruge forte quando os tratadores se aproximam da leoa de 15 anos. Os dois nasceram no Zoológico de Brasília e são filhos de Lana e Vasco, que já morreram. Dividem uma das áreas de exposição mais visitadas do zoo: mesmo sendo um animal bastante conhecido dos brasileiros, o leão nunca perde sua majestade.



Dudu tem 16 anos e, na cauda, exibe uma forte marca da infância. Quando era filhote, estava com a mãe na área de cambiamento, onde os animais comem e dormem, e passou o rabinho entre as grades. Os leões que estavam do lado de fora atacaram Dudu. Por isso, no lugar da imponente cauda, típica do rei das selvas, ele tem um coto. Nada, porém, que tire sua beleza.

[SAIBAMAIS]A amizade entre os irmãos é forte. ;Eles dormem abraçados, um de frente para o outro;, conta o tratador Antonio Paulo Soares, que viu Dudu nascer. Destemido, Antonio brincava com o animal até ele completar 2 anos. Hoje, porém, o contato é menos direto, feito apenas pela grade que separa a área de exposição do cambiamento.

O local, ao qual só pessoas autorizadas têm acesso, fica no subterrâneo, e é equipado com todas as medidas de segurança necessárias para evitar um ataque. No túnel que antecede o cambiamento, há quatro espelhos convexos, que permitem visualizar uma possível fuga dos animais. O sistema de travamento das portas também impede um contato inesperado entre os tratadores e as feras.

Se Dudu é mais tranquilo ; até pouco tempo atrás, miava igual a um gatinho para chamar a atenção dos tratadores ;, Fafá é bem desconfiada. Nem Antonio escapa da cara feia da leoa, quando o tratador se aproxima da grade. Por causa de um problema genético, de vez em quando, ela tem ataques convulsivos. Nesses momentos, fica evidente a amizade entre os leões. ;Quando a Fafá melhora, ela fica andando ainda tonta, e dá voltas pela área. O Dudu vai ancorando ela, para que não caia no tanque;, revela o tratador.


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