Agência France-Presse
postado em 30/11/2010 11:30
Washington - As nações ricas quadruplicaram o financiamento de programas de saúde nos países pobres entre 1990 e 2010, fundamentalmente graças à maior conscientização da necessidade de lutar contra o HIV/Aids, indica um relatório divulgado nesta terça-feira nos Estados Unidos.A pesquisa do Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington revela que a ajuda ao desenvolvimento de programas de saúde pulou de 5,66 bilhões de dólares em 1990 aos projetados 26,87 bilhões de dólares este ano.
O gasto nos programas do HIV/Aids foi de 6.160, ou quase um quarto do financiamento total, assinala o relatório divulgado na véspera do Dia Mundial de Combate à Aids.
A pandemia de Aids, que acabou com 25 milhões de vidas desde o surgimento da deonça em 1981, é um dos motivos do aumento do financiamento dos países ricos para os programas globais de saúde, afirmou à AFP Chris Murray, principal autor do relatório.
"Até começar a pandemia do HIV, não tínhamos esta repentina explosão de financiamento para a saúde global", afirma Murray.
O aumento do financiamento na saúde nos países em desenvolvimento foi alimentado em parte por um sentido de "indignação de muitas pessoas no Ocidente pelo fato de que, se a pessoa tivesse dinheiro, poderia ter acesso a este milagroso tratamento contra o HIV com três drogas", que não estavam disponíveis nos países pobres.
"Isso e a presença de um ativismo de luta contra a Aids muito eficaz foram os grandes promotores da expansão do financiamento de programas globais de saúde nos países de altos rendimentos", acrescentou.