"Chegamos a um tal ponto (em nossos estudos) que começamos a prever um transplante humano, analisando dez grupos, em maioria de mães com suas filhas", declarou à AFP o chefe da equipe, o sueco Mats Br;nstr;m, para quem o procedimento será feito "na primeira metade do ano que vem".
Eva Ottosson, uma empresária de 56 anos, que vive na Grã-Bretanha e sua filha, Sara, já realizam uma série de exames médicos e psicológicos junto à equipe de cientistas. Sara, de 25 anos, é portadora da Síndrome de Mayer Rokitansky Kuster Hauser, que fez com que ela nascesse sem o útero e parte da vagina. Ela pretende tentar a fertilização in vitro para engravidar com o útero da mãe, caso o transplante seja bem-sucedido.
Mats Br;nstr;m recordou que o primeiro transplante de útero do mundo (entre duas mulheres, sem relação de parentesco) foi feito em 2002 na Arábia Saudita. Mas, ao final de 14 semanas, os cirurgiãos tiveram que tirar o órgão transplantado devido a coágulos.
"A equipe foi, então, muito criticada, por causa das poucas pesquisas anteriores à cirurgia, disse Br;nnstr;m; foi quase uma experiência com humanos". "Em nosso entender, naquele caso, os principais problemas foram decorrentes da cirurgia, pelo que utilizamos técnicas que evitam estes problemas."