Agência France-Presse
postado em 15/06/2011 17:15
WASHINGTON - Um estudo publicado nesta quarta-feira indica que os "novos pais" americanos se desdobram entre as exigências de suas carreiras e sua vontade de serem iguais à mãe no lar. O estudo realizado pelo Centro do Trabalho e da Família do Boston College consultou 1.000 pais que trabalham em grandes empresas.O trabalho apresenta "um retrato de um pai que tenta avançar em sua carreira, enquanto busca a igualdade em casa. No entanto, esses homens admitem abertamente que não conseguiram ainda", indicou o informe.
Dois terços dos pais consideram que querem "cuidar de seus filhos tanto como suas esposas ou parceiras". No entanto, reconhecem "uma brecha entre o que gostariam de fazer e o que podem fazer na realidade" em termos de organização do tempo, sobretudo, com seus filhos.
Com isso, 77% dos pais dizem que queriam dedicar mais tempo do dia para conversar com seus filhos, e apenas 22% dizem estar satisfeitos com o tempo passado com eles. Outro exemplo deste conflito entre a carreira e as aspirações paternais: 57% dos pais reconhecem "que nos últimos três meses não conseguiram fazer o que deveriam em sua casa por causa do trabalho".
Quando foram perguntados "Você deixa de fazer o que deve ser feito em casa por causa do trabalho?", 21% dos pais responderam "com muita frequência". A interrupção de seu tempo de trabalho para resolver um problema familiar ocorre "poucas vezes" para 40% dos pais e "com frequência" para 6%.
A pesquisa também ressalta que "os pais têm que desenvolver sua capacidade para ser bons pais, mas nos Estados Unidos não têm a oportunidade". Apenas 1% dos pais consultados conseguiram quatro semanas de licença para acompanhar o nascimento de seu filho menor, enquanto que somente um pai foi capaz de ter 22 semanas de folga.