postado em 17/07/2011 11:47
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, a cada ano, de 3 milhões a 4 milhões de pessoas são infectadas pela hepatite C em todo o mundo e que de 130 milhões a 170 milhões desenvolvem a forma crônica, e correm risco de ter cirrose ou câncer de fígado. Segundo a organização, mais de 350 mil morrem em decorrência da hepatite C todos os anos.De acordo com a Organização, a doença está espalhada em todo o planeta. O Egito, o Paquistão e a China são as nações com a mais alta incidência da hepatite C. Nesses países, a transmissão ocorre principalmente pelo uso de seringas e equipamentos contaminados com o vírus da doença.
A hepatite C é transmitida pelo contato com o sangue de uma pessoa contaminada. Pode ocorrer por meio de transfusão de sangue, de mãe para filho durante a gravidez e no compartilhamento de seringas ou objetos cortantes, como alicates de unha e aparelhos usados em cirurgias, tatuagens, piercing e acupuntura. A transmissão também ocorre na prática de relações sexuais sem camisinha, mas segundo a OMS, esta é uma forma mais rara de infecção.
A Organização estima que 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas. Por ser uma doença silenciosa, a recomendação é consultar um médico com frequência. Quando os sintomas aparecem, os mais comuns são cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Não existe vacina contra a hepatite C e o tratamento da doença, que é considerada uma epidemia, é feito a base de antivirais, como o interferon. No entanto, segundo a OMS, o acesso ao medicamento não é universal e muitas pessoas abandonam a terapia.
A partir de segunda-feira (18/7), entram em vigor novas diretrizes para o tratamento da doença no Brasil, entre elas, a que permite ao paciente prolongar o tratamento, por até 72 semanas, na rede pública, sem precisar do aval de uma comissão médica.