Ciência e Saúde

Quatro perguntas: Lynn S. Baker, de Você e a leucemia, um dia de cada vez

postado em 01/08/2011 08:00

Quatro perguntas - Lynn S. Baker

1 - Quando você percebeu que era importante para escrever um livro destinado a crianças com leucemia?

Eu era um estudante de medicina e desejava escrever alguma coisa para ajudar pacientes a entender sua condição médica. Naqueles dias, os médicos julgavam que os leigos não poderiam compreender os detalhes complexos da medicina. Mas, como um estudante, eu discordei. Meu avô morreu de leucemia quando eu era uma garotinha, então eu tinha uma ligação emocional com a doença. Também fui influenciada por um hematologista pediátrico-oncologista da Clínica Mayo que estava disposto a compartilhar a história de seus pacientes e suas famílias comigo. Originalmente a idéia era escrever um panfleto curto para pais de crianças vítimas da leucemia. Foi só depois de entrevistar várias famílias que eu percebi que preciso escrever um livro inteiro e torná-lo compreensível para pessoas de todos os níveis educacionais. Fiz questão de escrever diretamente para a criança.

2 - A publicação revelou-se útil e amplamente utilizada por médicos hematologistas também. Porque você acha que isso aconteceu?
Simplesmente porque perceberam que o livro respondia a maioria das perguntas que os pais e as crianças faziam e que eles não conseguim responder.

3 - Embora tenha sido escrito para as crianças, o livro é muito realista. Por que você escolheu essa linha?
Porque as crianças sabem quando estão sendo enganadas, talvez não especificamente sobre a leucemia, mas que algo muito grave está acontecendo. Então, julgo que ser realista e positivo seja o melhor caminho.

4 - Você acha que a abordagem médica - a forma como os médicos explicam a doença aos cuidadores e pacientes- tem feito tantos progressos tanto quanto o próprio tratamento médico?
Absolutamente. E eu acredito que meu livro estimulou a mudança na forma como se comportam médico. Na época em que foi escrito, a maioria das pessoas achava que ninguém ia ler esse livro, era demasiado longo e detalhado e assim por diante. Atualmente, há seções inteiras em livrarias e lojas de ebook com livros escritos para o paciente sobre a sua doença. Pacientes são vistos muito mais como parceiros em seu tratamento agora.

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