Paloma Oliveto
postado em 01/08/2011 10:45
Há séculos, as estrelas são as companheiras dos homens do mar. Para os navegadores, céu e oceano se complementavam: um carregava pelas ondas, o outro guiava o caminho. Encontrar a direção correta dependia do conhecimento da geografia estelar e, para isso, surgiram as constelações. Nomes como Cruzeiro do Sul, Andrômeda, Ursa Maior e Órion são bem conhecidos; outros, como Lira, Norma e Pavão, nem tanto. Todos, porém, têm em comum o fato de não serem corpos celestes, mas termos inventados pelos antigos para localizar um conjunto de estrelas.As constelações não serviram apenas à navegação: muitas histórias foram inventadas tendo como base os desenhos que aparentemente formavam no cosmos. Os gregos conseguiram enxergar figuras complexas em aglomerados estelares e as associavam à sua mitologia. Andrômeda, por exemplo, era uma linda princesa, filha de Cefeu e Cassiopeia, que dão nome a outras constelações. Achando-se mais bonita que as ninfas de Poseidon, o deus dos mares, foi castigada, aprisionada a uma rocha. Ela seria devorada por um monstro marinho, mas o herói Perseu, que acabara de matar Medusa, viu a jovem e conseguiu resgatá-la.
Depois de salvar Andrômeda, Perseu se casou com ela, mas foi uma cerimônia trágica. Os pais da bela jovem morreram e foram levados ao céu por Poseidon. Para os gregos, a disposição das estrelas que dão nome à constelação de Andrômeda sugere o desenho de uma mulher com os braços e os pés acorrentados. É algo difícil de visualizar, mas a criatividade dos antigos não tinha limites e, com base nessas imagens, eles identificaram quase 50 constelações.
Já os astrólogos dividiram o céu em 12 regiões que aparentemente ficariam próximas ao Sol. Assim, Leão, Sagitário, Capricórnio e Peixes, entre outros, começaram a reger a personalidade dos indivíduos, dependendo da época do ano em que nasciam. Mas é bom lembrar que a astrologia não é uma ciência e, embora muitos acreditem na influência dos astros, para os astrônomos, eles não exercem qualquer papel na vida das pessoas.
Com as cidades cada vez mais iluminadas por luzes artificiais, é difícil observar as constelações. O planisfério é um instrumento fácil de se obter ; baixe o modelo no ; e ajuda a localizar os conjuntos de estrelas. Como a Terra se move, o mapa muda de acordo com a latitude, o horário, a época do ano e depende do local de observação. O supertelescópio Hubble consegue fazer previsões ; que nada têm a ver com a astrologia ; de como estará o firmamento em determinado momento. Para hoje, confira ao lado como está a geografia celestial vista de Brasília.