postado em 05/08/2011 08:31
Nos primeiros 10 anos de existência, o banco de doadores de medula óssea contava com apenas 35 mil doadores inscritos no Brasil. Atualmente, são 2,7 milhões, número que pode chegar a 17 milhões nos convênios com os bancos ao redor do mundo. Quando o trabalho começou, 70% dos doadores compatíveis vinham de fora do país, a um custo muito alto para o SUS. Hoje, essa proporção inverteu-se. ;Além de ser uma economia significativa, a chance de salvar pacientes aumenta muito, porque a miscinegação no Brasil é importante e não adianta procurar um doador na mesma situação no registro alemão, a não ser que o paciente brasileiro tenha nascido nas colônias alemãs em Santa Catarina e no Paraná;, explica Bouzas. Nenhuma ajuda pode ser descartada, diz o médico, lembrando-se de um caso emblemático de um portador de leucemia de São Paulo, de origem judia, que só encontrou doador no banco de medula de Irsrael.O Brasil faz parte do esforço internacional de solidariedade, fornecendo medula para outros países, como Portugal, Espanha e Itália, mas a chance maior é de o Brasil importar doadores, devido à miscigenação. ;O melhor é ser autossuficiente e resolver o problema aqui dentro mesmo, pois é difícil o transporte internacional e a burocracia com os documentos. Na Ásia, por exemplo, há impedimento para o envio de material humano;, compara. ;Temos que aumentar a agilidade para não perder o timing, que pode salvar vidas;, conclui Bouzas.
Compatibilidade
Para que se realize um transplante de medula, é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Essa compatibilidade é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossomo 6, que deve ser igual entre doador e receptor. Quando não há um doador aparentado (um irmão, parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante é recorrer aos registros de doadores voluntários, tanto no Redome (o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) como nos bancos do exterior. No Brasil, a mistura de raças dificulta a localização de doadores compatíveis. Hoje, contudo, já existem cerca de 17 milhões de doadores em todo o mundo. No Brasil, o Redome tem, aproximadamente, 2,7 milhões de doadores.
Para que se realize um transplante de medula, é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Essa compatibilidade é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossomo 6, que deve ser igual entre doador e receptor. Quando não há um doador aparentado (um irmão, parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante é recorrer aos registros de doadores voluntários, tanto no Redome (o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) como nos bancos do exterior. No Brasil, a mistura de raças dificulta a localização de doadores compatíveis. Hoje, contudo, já existem cerca de 17 milhões de doadores em todo o mundo. No Brasil, o Redome tem, aproximadamente, 2,7 milhões de doadores.