No lugar das belezas (e horrores) do mundo, a escuridão. A cegueira afeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40 milhões de pessoas ; e 25% dos casos são irreversíveis. O glaucoma, neuropatia que atinge o nervo óptico e não tem cura, é a maior causa do problema, que também pode ser provocado por diabetes, doenças vasculares do nervo óptico e casos, menos comuns, de traumatismo craniano.
A perda da visão ocorre quando os neurônios recebem a mensagem de que as células ganglionares da retina (RGCs), que compõem o nervo óptico, sofreram alguma situação de estresse intenso. O problema é que, normalmente, essa informação é transmitida ao cérebro pela Chop, a via pró-morte. É exatamente esse caminho que um grupo de pesquisadores de universidades dos Estados Unidos analisou e descobriu que, se for bloqueado, pode evitar que mais pessoas fiquem cegas.
No estudo, publicado na última edição da revista científica Neuron, os médicos descobriram que danos nos axônios, região dos neurônios que conduz impulsos elétricos, ativam a resposta às proteínas desdobradas (UPR). Essa reação tem diferentes vias de transmissão de informações para o cérebro ;uma delas, a pró-morte, que é a mais usada quando ocorrem lesões nas células. O autor sênior do estudo, Zhigang He, do Hospital Infantil da Escola Médica de Harvard, contou ao Correio que ele e sua equipe acreditavam que caminhos distintos da UPR eram ativados simultaneamente em condições de estresse.
;Nós demonstramos, porém, que as vias são ativadas de maneiras diferentes nas estruturas da retina afetadas e que elas têm efeito oposto na sobrevivência do neurônio. Enquanto a Chop o mata, a XBP-1 o protege;, compara.
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