Paloma Oliveto
postado em 17/02/2012 08:00
O ser humano é uma máquina perfeita, gosta de pensar o vaidoso Homo sapiens. A análise genética de uma grande variedade de indivíduos, porém, mostra que não é bem assim. Mesmo quando exibe bom funcionamento, o corpo é repleto de ;defeitos de fabricação;. Uma equipe internacional de cientistas descobriu que mutações que evitam a formação de proteínas essenciais ao organismo são comuns no genoma humano. A sorte é que, ainda assim, não desencadeiam males, conforme se imaginava.
De acordo com o líder da pesquisa, publicada hoje na revista Science, a descoberta vai ajudar a identificar as verdadeiras variantes genéticas que podem estar associadas a doenças. Daniel MacArthur, geneticista do Instituto Wellcome Trust Sanger, do Reino Unido, explica que se costuma pensar que uma variedade de problemas de saúde pode ser debitada na conta das mutações de perda de função. ;Isso acontece quando o alelo não funciona como seu par, resultando na nulidade do desempenho do gene;, diz.
Esse tipo de variante é, geralmente, descrito como rara e está associada a problemas graves, como fibrose cística e distrofia muscular de Duchenne. ;O que acontece é que estudos recentes vêm mostrando que pessoas saudáveis carregam entre 200 e 800 mutações de perda de função e, ainda assim, não têm qualquer doença.
A matéria completa você na edição impressa no Correio Braziliense desta sexta-feira (17/02)