postado em 18/02/2012 06:00
Os diabéticos ganharam um aliado importante e muito saudável no combate à doença. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de SãoPaulo (USP) comprova que exercícios físicos proporcionam vários benefícios a portadores de diabetes melito tipo 1. Ratos com a doença, submetidos a treinamento físico sem usar insulina, apresentaram uma reversão de 26% na perda de neurônios do gânglio celíaco esquerdo, uma estrutura do sistema nervoso simpático localizada no início da cavidade abdominal. Eles voltaram ainda a ter o mesmo número de neurônios. Nos animais diabéticos sedentários, foi constatado efeito contrário: uma redução de 26% no número de neurônios do gânglio celíaco.
Outros resultados positivos foram a normalização da pressão arterial e da frequência cardíaca, o controle da hiperglicemia (excesso de glicose no sangue) e aumento de peso dos animais por causa do ganho de massa muscular. O gânglio, conhecido também como cérebro do abdômen, é um conjunto de neurônios localizados próximo ao estômago. Ele é responsável por enviar impulsos nervosos ao pâncreas, órgão onde a insulina é produzida. No diabetes melito tipo 1, ocorre um comprometimento dessa produção e os pacientes ficam dependentes de injeções do hormônio.
O estudo, resultado de uma tese de doutorado, pode pôr fim à falta de consenso sobre os benefícios do treinamento físico para o diabetes melito tipo 1 na literatura científica. ;O exercício do corpo é muito aceito na medicina para diabetes tipo 2. No tipo 1, há certas dúvidas. A pesquisa vem
então para confirmar que a atividade é salutar para os dois;, afirma o coordenador do estudo, o estereologista Antonio Augusto Coppi, do Laboratório de Estereologia Estocástica e Anatomia Química (LSSCA) do Departamento de Cirurgia da FMVZ.
Leia a reportagem completa na edição deste sábado (18/02) do Correio Braziliense.