Paloma Oliveto
postado em 23/02/2012 08:00
Há três anos, um grupo de 12 pacientes com cegueira hereditária se submeteu a um experimento inédito, baseado na terapia gênica, uma das grandes apostas da medicina moderna.
A equipe da oftalmologista Jean Bennett, da Universidade da Pensilvânia, conseguiu reparar a mutação em um dos olhos, enviando à retina um gene novo e saudável, transportado por um vírus. O sucesso do procedimento levou os cientistas a refazer o procedimento. Desta vez, na retina que não havia sido tratada. Além de melhorar a visão dos portadores de amaurose congênita de Leber (veja infografia), a terapia não foi rejeitada pelo organismo, como temiam os pesquisadores. O resultado da pesquisa foi publicado recentemente na revista médica Science Translational Medicine.
;Conseguimos comprovar que o procedimento é seguro, mesmo quando envolve os dois olhos;, comemora Bennett. Ela conta que, embora nenhum dos 12 pacientes do primeiro teste tenha recuperado completamente a visão, cinco deles melhoraram muito a acuidade visual, a ponto de não serem mais considerados cegos. O resultado veio rápido. Três meses depois da primeira injeção, um exame de ressonância magnética mostrou que, quando os cientistas apresentavam uma imagem aos participantes, a região cerebral relacionada à visão ficava ativada. Isso não acontecia antes do procedimento.
A matéria completa voê lê na edição impressa do Correio Braziliense desta quinta-feira (23/02)