Paloma Oliveto
postado em 23/02/2012 08:00
Ele tem 30cm de altura, 20cm de largura, cabeça em forma de C, tronco afilado e uma genitália que chama a atenção pelo tamanho e rigidez. Esse homem, cuja representação simbólica despertou muitas brincadeiras entre pesquisadores do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), tem uma importância fundamental para a história da ocupação das Américas. Esse é o grafismo rupestre mais antigo já encontrado no continente, datando entre 11,7 mil e 9,9 mil anos atrás.
A descoberta, feita no sítio arqueológico Lapa do Santo, região de Lagoa Santa, a 60km de Belo Horizonte, foi descrita na edição de ontem da revista científica Plos One e ajuda a reforçar uma teoria há muito tempo defendida pelo biólogo, antropólogo e arqueólogo Walter Neves: a de que o homem colonizou as Américas muito antes do que advogam cientistas tradicionalistas, os chamados ;clovistas;. Esses pesquisadores defendem que o Homo sapiens chegou ao continente a partir do Estreito de Bering, 11,2 mil anos atrás. Artefatos dessa cultura, chamada Clóvis devido ao sítio arqueológico do Novo México onde estavam, foram descobertos no fim da década de 1920 e, por muito tempo, acreditou-se que esses norte-americanos constituíram o primeiro povoamento das Américas.
A matéria completa você na edição impressa do Correio Braziliense desta quinta-feira (23/02)