Agência France-Presse
postado em 12/03/2012 15:31
Jerusalém - O patrimônio palestino, em particular o arqueológico, será apresentado nesta semana em Paris, durante um seminário científico dedicado à sua conservação e valorização, segundo seus organizadores. Este congresso internacional acontecerá na quinta (15/3) e na sexta-feira (16/3) na Escola Nacional Superior (ENS) em Paris.Tem como objetivo "apresentar ações de conservação e redimensionamento, a partir dos vestígios do mosteiro de Santo Hilário em Tell Umm Amer, na Faixa de Gaza", explicou à AFP o arqueólogo René Elter que conduz as escavações no local. O eremita Hilário, nascido perto de Gaza, criou no século IV o primeiro mosteiro da Palestina.
Uma ação de cooperação científica franco-palestina foi iniciada em Gaza para a formação de arqueólogos e de restauradores palestinos ligados à Universidade islâmica local.
O seminário deve também divulgar as ações de valorização realizadas no conjunto dos territórios palestinos, como Nablus, Belém e Hebron, na Cisjordânia, e ainda no centro histórico da cidade de Gaza (casas antigas).
Entre os participantes, está, principalmente, o dominicano Jean-Baptiste Humbert, diretor do Departamento de Arqueologia da Escola Bíblica e Arqueológica Francesa (Ebaf) de Jerusalém, e Béatrice André-Salvini, chefe do Departamento de Antiguidades Orientais do Louvre.
Os palestinos foram recentemente admitidos na Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), apesar da oposição dos Estados Unidos e de Israel, e querem incluir seus famosos sítios ao Patrimônio Mundial da Humanidade.
A Autoridade Palestina já apresentou oficialmente, há um ano, a candidatura a patrimônio mundial de Belém (Cisjordânia), local de nascimento de Cristo segundo a tradição. A Unesco deve tomar sua decisão em julho de 2012.
O Departamento Palestino de Antiguidades já registrou, entre locais de interesse religiosos, culturais e de beleza natural, o Garizim, o monte sagrado dos Samaritanos, as grutas de Qumran, onde foram descobertos os manuscritos do Mar Morto, o próprio Mar Morto e a cidade velha de Nablus.