Paloma Oliveto
postado em 15/03/2012 08:05
No início, os sinais são poucos ou mesmo inexistentes. Quando se descobre que a produção de células sanguíneas na medula óssea tem algum defeito, o paciente pode conviver bem com a doença ou evoluir para o quadro mais grave, a leucemia mieloide aguda. Nesse segundo caso, a rotina é dramática, e inclui procedimentos como transfusão de sangue, quimio e radioterapia e, até mesmo, transplante. Para evitar essa progressão, cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, estudaram o comportamento genético das doenças do sangue, o que, um dia, poderá levar a um tratamento mais eficaz.Thimoty Gaubert e Matthew Walter, professores da universidade e oncologistas do Hospital Barnes-Jewish, lançaram mão de modernas técnicas de sequenciamento genético para descobrir como uma anemia pode, eventualmente, evoluir para uma leucemia. Walter conta que as chamadas síndromes mielodisplásticas (SMD) ; conjunto de doenças relacionadas à produção de células sanguíneas ; são de difícil diagnóstico inicial porque, no começo, todas se parecem. ;Antes que se chegue à fase da leucemia, pode nem haver sintomas;, destaca o médico, lembrando que nem todo portador de SMD vai evoluir para esse estágio. ;Dois terços dos pacientes apresentam o quadro não progressivo. Eles poderão ter episódios anêmicos, mas isso é facilmente controlado e não atrapalha a vida de forma alguma;, diz.