postado em 18/03/2012 09:39
Isolada, distante, desabitada e sem vida são algumas expressões comumente associadas à Antártida, continente gelado no Polo Sul da Terra. Contudo, o que pouca gente imagina é que a região, na verdade, funciona como um grande laboratório a céu aberto. Quase 50 bases científicas permanentes estudam a terra gelada, cuja temperatura média varia entre -30;C e -60;C. Vilas, aeroportos e laboratórios autônomos espalham-se pela área, considerada de enorme importância ambiental para o mundo. O frio que volta e meia toma conta do Brasil vem de lá. As baleias que passeiam pela costa nacional durante o verão passam boa parte do ano naquelas águas geladas. E o buraco de ozônio ; uma das principais preocupações do ambientalistas ; cobre o céu antártico, fazendo da região uma das mais cruciais para o equilíbrio do planeta.Para evitar que o interesse das nações acabasse por prejudicar a região, em 1959, países de todo o mundo assinaram o Tratado da Antártida (leia Para saber mais). Pelo documento, a zona seria desmilitarizada e todos os países que pretendem reivindicar parte do território do continente deveriam suspender qualquer atividade nesse sentido até 1991. ;É em virtude do Tratado da Antártida que a região se tornou um lugar dedicado à paz e à ciência. Há fortes exigências para abertura de informações e cooperação na Antártida, incluindo na ciência;, diz ao Correio Cath Wallace, pesquisadora da Universidade de Wellington, na Nova Zelândia. Quando o tratado chegou ao fim, a comunidade internacional decidiu prorrogá-lo por mais 50 anos. Assim, pelo menos até 2041, o local será um patrimônio ambiental mundial.