Márcia Maria Cruz/Estado de Minas
postado em 19/03/2012 09:58
Belo Horizonte ; Um estudo sobre as florestas brasileiras, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), indica que o crescimento da economia do país e o andamento dos programas de infraestrutura têm aquecido o mercado para madeira, com uma demanda prevista de 21 milhões de metros cúbicos. O fruto desse trabalho foi o relatório Florestas Nativas de Produção Brasileira, divulgado em fevereiro, segundo o qual, para suprir o mercado com produção legal, evitando um possível ;apagão florestal;, é necessário expandir o manejo nas florestas públicas. Em outras palavras, essas áreas precisam ter alguma destinação econômica.Atualmente, há três modelos de gestão de florestas públicas no Brasil (veja quadro à esquerda, embaixo). No entanto, não existe a categoria ;florestas públicas de produção;, que abrangeria esses ecossistemas destinados à produção fora de unidades de conservação ; espaços, como parques nacionais, em que a proteção é integral, ou seja, não pode haver atividade econômica ou de extração. Segundo o cadastro nacional de florestas públicas de 2011, ao todo, são cerca de 72,7 milhões de áreas dessa natureza ainda sem nenhum uso. A proposta é que parte delas seja destinada a florestas de produção (e manejadas por meio de concessão florestal). ;Poderia ser uma forma de garantir sua real proteção por meio do uso;, afirma a diretora de Fomento e Inclusão do SFB, Claudia Azevedo-Ramos.