Luciane Evans
postado em 26/03/2012 10:10
Belo Horizonte ; Descoberta na década de 1920 pelo físico indiano Chandrasekhara Venkata Raman, a técnica de espectroscopia Raman, chamada assim em homenagem ao cientista, tornou-se nos últimos anos uma grande aliada da ciência no Brasil, em diversas áreas. Do alto de seus 84 anos, ela se mostra essencial em uma das áreas mais novas do meio científico: a nanotecnologia. Serve ainda para auxiliar pesquisadores na identificação, em poucos segundos, da composição de determinado material indispensável para a produção de um aparelho de telefone celular ou para datar uma pintura rupestre. Em Minas Gerais, os acadêmicos não conseguem imaginar mais o setor científico sem a técnica, que tem ajudado até o Ministério Público Estadual a recuperar peças sacras roubadas.Com tanta fama, o que seria então essa técnica da física que se tornou indispensável? Foi em 1928 que o cientista indiano observou, pela primeira vez, que, quando um feixe de luz intenso e de uma única cor atravessava um determinado material ou objeto, a luz espalhada mostrava, além da radiação de mesma frequência da luz incidente, uma série de novas linhas extremamente fracas, o que foi chamado de espalhamento inelástico da luz.