Paloma Oliveto
postado em 03/04/2012 08:00
Quando os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos anunciaram, em 1990, um ambicioso projeto de mapeamento do genoma humano, a expectativa nas comunidades científica e médica foi enorme. Parecia possível ; depois de decifrar as letras que, combinadas, formam a vida ; consertar todos os erros que levam ao desenvolvimento de males tão diversos quanto câncer e diabetes. Passadas mais de duas décadas, porém, especialistas estão mais cautelosos em relação a essa tecnologia.Um estudo publicado ontem na edição on-line da revista Science Translational Medicine mostrou que, ao menos por enquanto, as informações obtidas pelo sequenciamento genético são evasivas e não substituem métodos mais simples e seguros de prevenção de doenças, como não fumar, praticar exercícios físicos e adotar uma alimentação saudável. A pesquisa usou modelos matemáticos, rastreando o risco de desenvolvimento de 24 males, como câncer, problemas autoimunes, neurológicos e cardiovasculares, além de obesidade, em milhares de pares de gêmeos.