Ciência e Saúde

Neurociência busca ajudar as pessoas a compreender e dominar sentimentos

Nana Queiroz
postado em 03/04/2012 08:00
;João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.; As universais palavras de Carlos Drummond de Andrade têm, mesmo que não fosse esta a intenção do poeta, uma pontinha de sabedoria científica. O amor é o mestre dos desencontros porque não pertence à divisão lógica do cérebro ; é um habitante do inconsciente. Recentemente, neurocientistas têm se convencido de que todas as emoções seguem a mesma regra e fazem parte das regiões não racionais da mente humana e, talvez por isso, também estejam entre as maiores causas de os divãs dos psicólogos viverem cheios.

Às vezes, toma conta uma tristeza sem explicação. Em outras ocasiões, entra em cena uma alegria efusiva. E, nos dois casos, ninguém sabe explicar da onde veio tudo aquilo. Quem nunca passou pela experiência? ;Isso acontece porque todas as emoções são inconscientes. Quando conseguimos associá-las a coisas concretas, elas se transformam em sentimentos conscientes;, explica Marco Callegaro, presidente do Instituto Brasileiro de Terapias Cognitivas e autor do livro O novo inconsciente (Editora Artmed).

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