Rio de Janeiro ; Ainda não há cura. Tampouco um remédio que previna esse mal, que já é considerado uma epidemia. Somente no Brasil, 7,6 milhões de pessoas são portadoras de diabetes. Em 2030, calcula-se que o número chegue a 12,7 milhões. Sem contar aí crianças e adolescentes, portadores do tipo 1 da doença. Na tentativa de amenizar as complicações da enfermidade, que pode causar cegueira, amputações e problemas cardíacos, especialistas do mundo inteiro e até mesmo os próprios diabéticos buscam achar respostas aos desafios impostos pela doença, numa corrida contra o tempo. Uma dessas soluções chega às mãos dos pacientes no próximo dia 10. Trata-se de um aplicativo de celular gratuito para facilitar o cálculo de insulina antes das refeições.
Na semana passada, durante o Congresso Latino-Americano de Diabetes, Obesidade e Hipertensão, no Rio de Janeiro, médicos discutiram e analisaram o cenário da doença no país, numa perspectiva preocupante. Diante do envelhecimento da população e do número cada vez maior de obesos e sedentários, eles acreditam que o diabetes é uma bomba-relógio prestes a explodir, ainda mais que boa parte dos brasileiros não sabe que tem a doença, o que caracteriza as estimativas atuais como subestimadas. ;É um mal em expansão, e as projeções são alarmantes, caracterizando uma real epidemia;, disse o endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Balduíno Tschiedel, durante o congresso.