Ciência e Saúde

Crianças são vulneráveis a opiniões discriminatórias emitidas por adultos

postado em 10/04/2012 08:05
;É bom ser criança, ter de todos a atenção. Da mamãe, carinho, do papai, a proteção. É tão bom se divertir e não ter que trabalhar. Só comer, crescer, dormir, brincar.; Os versos de Toquinho representam como, na infância, as preocupações são poucas e dão lugar às brincadeiras, aos amigos e à felicidade, elementos que aparentemente caminharão com a criança pelo resto da vida. No entanto, não é só isso que os pequenos levarão ao longo do tempo. Segundo pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, nessa fase surgem também as primeiras noções de preconceito e discriminação, geralmente aprendidas dos adultos. A conclusão foi publicada no jornal eletrônico Personality and Social Psychology Bulletin. Sonia Kang, chefe do estudo, buscou entender como acontecem as relações na infância e de que forma as crianças lidam com a rejeição de outros grupos a partir do que sabem sobre discriminação, preconceito e estigmas.

Mayana está sempre atenta ao filho:

Mayana Brum, 23 anos, tenta acostumar o filho, Vitor, 5, à diversidade. ;Fui criada em um ambiente que tinha conceitos fortes sobre diferentes tipos de pessoas, dos quais eu discordava completamente. Hoje, meu filho, apesar de ser muito novo, convive com todo tipo de pessoa, a todo tempo. Ele tem amigos negros e deficientes e acha isso normal. Acredito que esse jeito dele é reflexo da forma como o criei. Sempre falei que, mesmo que ele ache uma pessoa diferente, ele não deve excluí-la e, sim, achar isso normal;, completa a bacharel em direito.

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