Ciência e Saúde

Pássaros têm que ser comunicar em frequências mais altas em centros urbanos

Gláucia Chaves
postado em 17/04/2012 08:00
Motoristas presos no engarrafamento buzinam sem piedade, enquanto uma broca quebra parte da calçada. Do outro lado da rua, uma construção faz com que o som de marteladas ecoe por toda a rua. Acrescente o barulho de pessoas conversando, cachorros latindo, vendedores ambulantes e o resultado será muito próximo ao que se ouve em grandes cidades. Agora imagine o que você faria se fosse um pássaro tentando se comunicar com os companheiros de espécie em meio a essa confusão sonora? Gritaria? Pois é justamente o que eles fazem: piam a plenos pulmões.

Não é novidade para a ciência que, quando em ambientes urbanos, algumas aves, como pardais, chapins-reais e melros, cantam em frequências mais altas. Um teoria dizia que essa era uma maneira de competir com a barreira acústica das metrópoles, que costuma ter uma frequência baixa. Agora, pesquisadores das Universidades de Copenhague (Dinamarca) e de Aberystwyth (Reino Unido) descobriram que essa estratégia se deve também à própria estrutura física das cidades, como prédios, muros e demais obstáculos. Mesmo quando a cidade está silenciosa, essas aves continuam ;falando mais alto;.

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