Ciência e Saúde

Pesquisador descobre que as relações de amizade mudam ao longo da vida

postado em 24/04/2012 08:26
;A amizade /Nem mesmo a força do tempo irá destruir.; O trecho retirado da música do grupo Fundo de Quintal tem a certeza colocada em xeque por meio da ciência. Um estudo publicado na revista científica Nature sugere que os vínculos estabelecidos em determinadas fases da vida podem mudar, fazendo com que, em muitos casos, a amizade deixe de ser uma relação duradoura. Por meio de fatores ligados à evolução humana, o pesquisador Robin Dunbar, do Instituto de Antropologia Cognitiva e Evolucionária da Universidade de Oxford, do Reino Unido, chegou à conclusão de que as estratégias de investimentos entre as pessoas variam no decorrer da vida.

;Em mamíferos, a fêmea desempenha a função ligada à gestação e à lactação (produção de leite) e isso impede o macho de contribuir de alguma forma nesse processo. O resultado, para todos os mamíferos, é uma tendência de que a fêmea tende a se preocupar mais com a qualidade de uma concepção, ou seja, ela se compromete mais e por um maior período com os investimentos em relações;, explica. Assim, de acordo com o antropólogo, as mulheres maximizam os atributos ao se preocupar com a qualidade de vida do filho, enquanto os homens expandem as relações conhecendo várias mulheres. ;Esse papel permanece em todas as fases da vida, mas, em humanos, a menopausa sugere que a mulher não pode continuar a investir na reprodução. Por isso, elas começam a transferir o sentimento de amizade aos filhos e, em alguns casos, aos netos;, destaca.

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