Ciência e Saúde

Autoridades dos EUA reportam caso de mal da vaca louca na Califórnia

Agência France-Presse
postado em 24/04/2012 19:37

Washington - O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos revelou, nesta terça-feira (24/4), ter detectado um caso de mal da vaca louca na Califórnia.


"O Serviço de Inspeção de Saúde Vegetal e Animal do Departamento americano de Agricultura confirmou o quarto caso do país de encefalopatia espongiforme bovina (BSE, na sigla em inglês) em uma vaca leiteira no centro da Califórnia", destacaram as autoridades em um comunicado.

As autoridades americanas disseram que a vaca não entrou na cadeia alimentar e "em momento algum apresentou risco ao abastecimento de comida ou à saúde humana". "O leite não transmite encefalopatia espongiforme bovina", acrescentou.

Descobertas anteriores de casos da vaca louca nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha causaram interrupções abruptas na comercialização de alimentos, que representaram perdas correspondentes a bilhões de dólares e levaram ao sacrifício de rebanhos inteiros.

O governo americano, consciente do risco de pânico, insistiu em reforçar que tudo está sob controle.

"As evidências demonstram que nossos sistemas e salvaguardas para prevenir a BSE estão funcionando, assim como as ações similares tomadas pelos países ao redor do mundo", destacou.

Amostras do animal infectado foram enviadas para um laboratório em Ames, Iowa, onde os testes deram positivo para uma forma rara da doença. Os resultados são, agora, compartilhados com laboratórios na Grã-Bretanha e no Canadá.

"(O Departamento de Agricultura) continua confiante na saúde do rebanho nacional e na segurança dos laticínios e da carne. À medida que avança a investigação epidemiológica, o USDA continuará a reportar as descobertas de forma oportuna e transparente", acrescentou.

Mais de 190 mil casos de mal da vaca louca foram detectados na União Europeia desde que a doença foi diagnosticada pela primeira vez na Grã-Bretanha em 1986, que forçou à destruição de milhões de vacas.

Suspeita-se que mais de 200 pessoas tenham morrido em todo o mundo, a maioria na Grã-Bretanha, vítimas da variedade humana da doença, descrita pela primeira vez em 1996.

Cientistas acreditam que a doença tenha sido causada pelo uso de partes de animais infectados para produzir alimento para outros animais.

As autoridades acreditam que o consumo de carne de animais infectados possa levar ao desenvolvimento da variedade humana da doença, que costuma ser fatal.

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