postado em 30/04/2012 10:57
; Elian GuimarãesBelo Horizonte ; Um estudo com o objetivo de validar para o Brasil uma avaliação de origem canadense que acompanha o desenvolvimento do motor grosso de crianças de até 8 meses, usando a Alberta Infant Motor Scale (Aims), acaba de ser concluído na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No Brasil, segundo a pesquisadora e professora do Departamento de Fisioterapia da instituição de ensino Ana Paula Bensemann Gontijo, autora do trabalho, faltavam instrumentos padronizados para nossa população. Isso porque, na prática clínica, os pesquisadores usam alguns instrumentos e metodologias voltados para a população estrangeira, em sua maioria desenvolvidos no Canadá, nos Estados Unidos ou na Europa, baseando-se numa realidade diferente da socioeconômica e cultural dos brasileiros.
Uma das maiores contribuições de Gontijo foi justamente validar uma metodologia que avalia e identifica um período importantíssimo do bebê: a função motora grossa, que, na faixa etária pesquisada, indica aspectos do desenvolvimento infantil como rolar, engatinhar, sentar, ficar de pé, dar passos e andar independentemente. Nessa escala, explica Ana Paula, avalia-se quatro posições: prono (de barriga para baixo); supino (barriga para cima); sentado e em pé. A avaliação acompanha gráficos com desenhos motores que são esperados e é fácil de ser discutida tanto com os pais como com os profissionais da saúde (médicos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos). ;Um dos objetivos do método Alberta é avaliar e identificar crianças com atraso motor, acompanhar longitudinalmente o desenvolvimento motor grosso até os 8 meses e testar a eficácia dos programas de intervenção;, diz a professora.