Ciência e Saúde

Pela primeira vez, cientistas conseguem desviar um feixe de raios gama

Bruna Sensêve
postado em 29/05/2012 08:00
Na comemoração do cinquentenário de Hulk, o temível papel da radiação gama na ficção científica poderá ser revisto. Foi em maio de 1962 que Bruce Banner transformou-se pela primeira vez na imensa besta verde, que dos quadrinhos conquistou espaço na televisão e no cinema. Sua transmutação foi justificada por uma exposição sem controle a uma bomba de raios gama. Agora, cinco décadas mais tarde, cientistas do Instituto Laue-Lagevin (ILL), na França, e da Universidade de Munique Ludwigs-Maximilians, na Alemanha, descobriram que essa forma de radiação pode ser mais bem manipulada e, com isso, possivelmente passar de ;vilã; a ;heroína;. As novas aplicações da descoberta incluem o diagnóstico e o tratamento mais aprimorado do câncer e a detecção remota de armamento nuclear.

O poder destrutivo da radiação gama é enfaticamente repetido desde Eu, robô, best-seller de Isaac Asimov publicado em 1950. A ideia difundida por obras como a do mestre da ficção científica ; de que esses raios são poderosas forças energéticas que ultrapassam a capacidade de compreensão e controle do homem ; contava, de maneira geral, com o respaldo da ciência até recentemente. O que os pesquisadores franceses e alemães fizeram foi desafiá-la. Para isso, a equipe liderada por Michael Jentschel utilizou uma versão aprimorada de um clássico experimento feito por Isaac Newton, em 1665, no qual ele utilizou um prisma para dividir a luz branca e mudar a direção de feixes de diferentes cores.



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