Bruna Sensêve
postado em 03/06/2012 11:36
Isabelle Menezes, 8 meses, ganhou da avó um sofisticado aparelho de som. Nele, pequenos discos reproduziam de forma interativa um repertório de músicas infantis. Porém, a avançada tecnologia não prendeu a atenção da menina, que só queria saber de bater um disco no outro e se divertir com o barulho que eles faziam, criando ela mesma sua ;música;. Por que bebês como Isabelle ; que também adora o controle remoto da tevê ; dão atenção a certos objetos ou situações, enquanto simplesmente deixam outros de lado, é uma pergunta que intriga não só os pais. Cientistas também buscam desvendar o chamado efeito de Goldilocks, a habilidade das crianças de ignorar tanto as informações muito complexas quanto as exageradamente simples, atendo-se àquelas que parecem estar de acordo com seu estágio de desenvolvimento.A ideia de que os bebês poderiam organizar a busca por informação em um mundo complexo é antiga, mas só agora pesquisadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, conseguiram demonstrar experimentalmente a preferência dos pequeninos por um material de complexidade intermediária. Anteriormente, não era possível testar a teoria porque faltava uma medida objetiva do que era simples ou complexo. Essa definição depende do inventário cognitivo da criança. A equipe de pesquisadores superou esse problema usando um modelo de observador ideal, que pode dizer quão simples ou complexo uma criança pode achar um evento específico.