Paloma Oliveto
postado em 08/06/2012 09:10
Nem na mais deserta das ilhas, o ser humano pode dizer que está completamente só. Desde o nascimento, o homem é habitado por trilhões de seres invisíveis, com os quais vive uma relação de troca. Esses micro-organismos precisam de um ambiente apropriado para sobreviver e, como pagamento, ajudam no bom funcionamento do corpo. Eles estão por todas as partes: olho, pele, boca, nariz, intestino, estômago e qualquer tipo de mucosa. Onde houver espaço, crescem e se reproduzem, sem que as pessoas sequer se deem conta disso.Os cientistas, há tempos, conhecem os benefícios da microbiota humana: ao mesmo tempo em que regula o metabolismo, criando conexões entre diferentes órgãos, ela produz importantes nutrientes e ajuda a combater seres invasores. Mas os pesquisadores acreditam que há muito mais o que se aproveitar desses hospedeiros e, por isso, têm intensificado o estudo sobre os minúsculos organismos. Em um especial publicado na revista Science de hoje, eles mostram que a manipulação de bactérias que habitam o corpo humano pode ser a chave para o tratamento de diversas doenças. Para isso, precisam entender melhor como os organismos se formam e evoluem.